Dando continuidade ao nosso artigo anterior onde falamos da utilização da biometria por planos de saúde e como o reconhecimento facial pode reduzir os custos, nesse artigo vamos falar sobre um grave erro que a maioria das operadoras de saúde cometem quando o assunto é biometria.
Verificação x Identificação
Antes de entrarmos no assunto principal do artigo, é válido explicarmos dois importantes conceitos no mundo da biometria: verificação e identificação.
Quando o assunto é reconhecimento biométrico, esses dois conceitos podem ser definidos através das perguntas que eles respondem.
O processo de verificação é responsável por responder “Essa foto pertence ao João?” ou “Essa impressão digital pertence à Maria?”. Ou seja, para o processo de verificação ocorrer é necessário a apresentação de um dado complementar (um documento, um nome ou, nos casos dos planos de saúde, a carteirinha).
Já o processo de identificação é aquele responsável por responder “De quem é essa foto?” ou “A quem pertence essa impressão digital?”. Ou seja, quando ocorre a identificação, o sistema deve realizar a comparação com toda a base de dados e descobrir quem é o dono da foto ou impressão digital.
A utilização nos planos de saúde
Para que fraudes de empréstimo de carteirinha e abuso de prestadores fossem evitadas, os planos de saúde começaram a adotar o reconhecimento biométrico (principalmente a impressão digital) para a confirmação da identidade dos beneficiários.
E o caminho escolhido pela maioria foi a realização do cadastro biométrico nos próprios prestadores. Ou seja, quando uma pessoa que ainda não possui suas impressões digitais cadastradas chega para uma consulta, ela é registrada no sistema da operadora.
Após o cadastro, toda vez que essa pessoa vai se consultar, ela apresenta sua carteirinha e coloca sua impressão digital. Esse é o processo de VERIFICAÇÃO que falamos acima.
O problema
Com o crescimento da adoção do reconhecimento por impressão digital nos planos de saúde, os prestadores começaram a ter dificuldades em reconhecer algumas pessoas. Essas dificuldades são causadas basicamente por:
- Pessoas que possuem impressões digitais ruins
- Leitores de baixa qualidade ou com pequena área de captura
- Algoritmos de baixa qualidade
- Falta de conhecimento dos processos biométricos
E nesse cenário surgiu uma prática que abriu espaço para fraudes, fazendo com que a biometria se tornasse quase sem utilidade em alguns casos: os prestadores começaram a cadastrar as impressões digitais de seus próprios funcionários para todos os pacientes.
A solução
A solução para esse tipo de fraude é bem simples: IDENTIFICAÇÃO.
Como explicamos acima, o processo de identificação realiza a comparação com toda a base de dados. Com isso, para evitar que uma pessoa (funcionário) cadastre sua impressão digital para vários clientes, basta que o sistema realize uma IDENTIFICAÇÃO a cada novo cadastro. Dessa forma, a UNICIDADE (uma informação biométrica só pode estar vinculada a uma pessoa) estará garantida.
No entanto, isso não é possível na maioria dos atuais sistemas utilizados pelas operadoras de saúde pelos seguintes motivos:
- Utilização de algoritmos de baixa qualidade que não conseguem realizar o processo de identificação de forma segura
- Utilização de algoritmos lentos e que tornariam o processo de cadastro extremamente lento
- Falta de conhecimento de fluxos biométricos e como desenvolver
Alternativas
Para solucionar esse problema, as operadoras de saúde devem utilizar soluções biométricas que realizem a garantia da UNICIDADE do cadastro. Além disso, a biometria facial permite um processo de identificação mais rápido, reduzindo custos com equipamentos.
O SimpleID da HTX, por exemplo, além de garantir a unicidade do cadastro, permite o uso de impressão digital e facial em uma mesma plataforma.